no ano lectivo passado estive a trabalhar numa escola. infelizmente só o fiz de setembro a fevereiro. ficaram as saudades de cinco turmas, com cerca de vinte pessoas em cada uma delas. não tive oportunidade de me despedir da criançada, nem de lhes explicar o motivo da minha ausência.
ontem voltei à escola, para fazer umas oficinas de filosofia.
os abraços, o espanto ao voltar a ver-me. sim, continuo a vestir-me de preto, mas agora até tenho o cabelo às cores.
"joana, morri de saudades tuas", disse-me a I. era adorava a filosofia, de tal forma que era muito impaciente e queria ter sempre a palavra para falar.
"morreste de saudades minhas? então, mas estás viva. não morreste assim tanto." disse-lhe eu.
e ela: "mas o meu coração ficou mesmo aos saltos, joana"
o mais fixe? perceber que eles não esqueceram muitas das regras, das coisas que fazem com que a filosofia seja filosofia e não uma mera conversa sem fio condutor. concordar, não concordar; dizer porquê; pedir razões; dar hipóteses... pequenas sementes que ficam para o futuro.
mensagens recebidas via linkedin e via facebook: assim, no mesmo dia.
palavras que me fazem sentir que esta coisa de fazer o que se gosta, compensa - mesmo quando isso implica uma luta constante para arranjar trabalho e fazer face à vida de todos os dias.
(às vezes "amigo-me" no fb com 'ssoas que não conheço pessoalmente. acontece sobretudo porque as 'ssoas querem conhecer de perto o meu trabalho. hoje recebi esta mensagem:)
Olá.
Sinceramente, não te conheço.
E fico com a ideia que... Por dentro és a pessoa mais linda que conheço!
Metodologia perfeita na educação
Parabéns
(o meu fígado, o'rins, os pulmões e companhia agradecem o elogio. XoXoXo)