há praticamente 6 meses que não venho aqui ao blog. tenho andado a trabalhar muito no outro blog, na newsletter e nas redes sociais que alimentam o meu projecto filocriatividade. o tempo que sobra é para descansar, escrever e ler. 

o meu trabalho é pensar e isso cansa-me um bocado. sim, todos os trabalhos implicam pensar, mas o que faço exige-me estar sempre disponível para rever ideias, para seguir o fio de pensamento que é de outra pessoa ou de um grupo e isso é extremamente cansativo. ao mesmo tempo, realiza-se e é o que mais gosto de fazer. 

em fevereiro faleceu uma amiga de infância e o contexto da sua morte e a forma inesperada como contraiu a doença fez-me pensar e provocou uma tristeza muito grande. os seus filhos vão crescer sem a sua companhia, as suas palavras, a sua mãe viveu o que não se deseja (enterrar um filho) e o marido perdeu a sua companheira de vida. a minha amiga ficou com tanto por viver. 

outra amiga está a aprender a lidar com outro tipo de luto: o fim do casamento. há dias ela disse-me que precisava de se divertir e eu pensei, sem dizer: "precisas de fazer o luto". anestesiar a dor com momentos de alegria para recuperar o tempo perdido é muito comum, não é? quem nunca. 

queria perder alguns kgs mas estou com dificuldades em disciplinar-me na alimentação. o meu problema é o pão. estou a tentar não comer pão e tem sido desafiante. amanhã faço dieta, canta o herman josé. 

tenho leituras em atraso e estou a fazer um esforço para não comprar mais livros. tenho muitos, talvez demasiados. além disso, julho e agosto vão ser meses fracos em trabalho e será preciso viver à conta dos rendimentos dos meses de janeiro a junho. a vida está mais cara e é preciso ter as prioridades bem definidas. temos de ter cuidado com os degraus.