"ah, mas eu gosto de observar as coisas pelo lado positivo"
nos seminários de filosofia tratamos de problemas reais. sim, imaginem só, coisas que nos apoquentam e incomodam no dia a dia.
no passado fim de semana falamos de duas questões que me são muito caras:
- as pessoas que vivem no mundo cor de rosinha
- as pessoas que vivem aprisionadas às obrigações familiares
as primeiras gostam de ver tudo pelo lado positivo. sempre, a todo o tempo. preferem a mentira? a irresponsabilidade?
as segundas são muito independentes e flexíveis. mas não podem fazer isto ou aquilo porque calha no dia do almoço de família. no dia do aniversário. mas quem as ouve falar considera-as muito indepentes e com enorme capacidade de adaptação.
se é importante para os teus filhos que sejam flexíveis e capazes de se adaptar à vida e à mudança, qual o motivo para o sujeitar às obrigações familiares?
esta conversa, esta provocação durante o seminário filosófico com o professor Oscar faz-me reconhecer a forma livre e flexível como a minha mãe me educou: sem grandes pressões protocolares, fomentando o respeito entre todos.
compreendo: a pressão social e cultural é enorme. mas não pode servir de desculpa - pelo menos, sempre, a todo o tempo.