31.03.22
da guerra contemporânea de agora
joana rita sousa
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31.03.22
joana rita sousa
31.03.22
joana rita sousa
há não muito tempo aprendi que havia uma palavra em português para dizer feedback. senhoras e senhores, ei-la: retroalimentação.
confesso que não é fácil usar. parece que não soa bem no discurso, é como se o discurso calçasse o 38 e a palavra fosse tamanho 42: sobra sapato ou falta pé.
vou tentar usar a palavra para falar de proximidade, da formação à distância e da formação presencial.
compreendo que 2 anos volvidos nesta pandemia louca nos façam sentir com saudades das formações presenciais. compreendo, mas não estou assim saudosa, pois tenho conseguido fazer TANTA e TÃO BOA formação à distância que a vantagem que as pessoas identificam no presencial não me seduz. fala-se então da proximidade.
"a formação presencial permite maior proximidade." não necessariamente. basta estar na mesma sala e deixar rolar o guião social: dizer bom dia, falar do tempo, blá blá com o vizinho do lado, ir ao café, perguntar onde fica a casa de banho. para quem assiste o papel é sempre mais fácil: regra geral, basta lá estar e depois logo se vê.
já a formação à distância exige um papel mais activo por parte do formando (e do formador): por norma há materiais para consultar antes e temos de fazer um esforço para estar presentes.
ajuda muito se não assistirmos a formações enquanto fazemos uma viagem. também ajuda muito se não considerarmos que vamos poder trabalhar enquanto fazemos a formação (nota que isto já me acontecia em formações presenciais, pessoas que assistiam com o computador ou telemóvel em punho e passavam o tempo a responder a e-mails).
seja em que ambiente for, presencial, online síncrono ou assíncrono, é importante que ambas as partes estejam disponíveis para criar proximidade. fazendo perguntas, respondendo aos e-mails, vendo as mensagens na google classroom ou moodle, partilhando para lá daquilo que está no programa. AMBAS AS PARTES têm de estar comprometidas com o processo de formação - e a retroalimentação é fundamental, para saber se a mensagem chegou, se houve clareza, se os materiais disponibilizados estão nos sítios certos.
"moral da história": a retroalimentação é FUNDAMENTAL.
26.03.22
joana rita sousa
22.03.22
joana rita sousa
já te aconteceu teres de comprar um equipamento e ficar paralisado/a no momento de escolher? um telemóvel, por exemplo. há tantas marcas, dentro das marcas há N modelos, depois cada modelo tem versões e o número de possibilidades parece infinito.
e agora, o que escolhes?
talvez faças como eu, pedes a um amigo que perceba um pouco mais do assunto e ele reduz o campo infinito de possibilidades para 3 opções que te balizam a escolha.
menos é mais, diz Barry Schwartz, nesta ted talk sobre o paradoxo da escolha.
(...) beware of excessive choice: choice overload can make you question the decisions you make before you even make them, it can set you up for unrealistically high expectations, and it can make you blame yourself for any and all failures. In the long run, this can lead to decision-making paralysis, anxiety, and perpetual stress. And, in a culture that tells us that there is no excuse for falling short of perfection when your options are limitless, too much choice can lead to clinical depression. (fonte: Bertrand)
"o segredo para a felicidade são as expectativas baixas", diz o Schwartz. quando vou à loja não procuro as melhores calças de ganga do mundo, mas umas que servem, que são pretas, que posso pagar e que vão durar um certo tempo. depois hão-de ficar velhas e ter de ir para o lixo. e está tudo bem.
pensar sobre o paradoxo da escolha levou-me ao livro A Arte da Boa Vida, de Rolf Dobelli e a algo que pratico há já alguns anos: as expectativas realistas. não esperar muito nem pouco. esperar ali na medida certa. é por isso que não procuro o melhor par de calças de ganga ou o melhor par de ténis de todos: das melhores decisões que tomei na vida foi mesmo de escolher um tipo de ténis e fidelizar-me a esse modelo. poupa-me tanto tempo na tomada de decisão. já está escolhido. ir às lojas todas, experimentar, comparar preços... não é para mim. menos escolha é mais liberdade.
paradoxal, hein.
18.03.22
joana rita sousa
simples, isto de fazer uma panqueca. com o pó da prozis, é misturar com a bebida de espelta, pôr ao lume e pronto. siga.
mas não. e a parte de virar a panqueca? a atenção necessária para que não queime e fique só assim com ar tostado?
ninguém me avisou que isto das panquecas era difícil e implicava muita tentativa e erro.
sei lá, parece a vida.
17.03.22
joana rita sousa
16.03.22
joana rita sousa
(fotografia no Museu da Boneca, em Alcanena, em janeiro ou fevereiro de 2020)
contexto: biblioteca escolar onde estou a desenvolver um projecto anual de filosofia para crianças. criançada presente. pergunta dali, pergunta daqui.
"como te chamas?"
"francisco"
de repente, outro francisco na sala.
"eu sou o francisco simões"
PAROU. nós conhecemo-nos, francisco simões.
e ele: "não".
e eu: "sim, no final falamos".
pois é, este francisco (nome fictício) foi a primeira criança com a qual troquei cartas #filopenpal.
"ah tu és a amiga do meu pai."
o mundo é pequeno, não é?
16.03.22
joana rita sousa
11.03.22
joana rita sousa
cheguei para mais um picolé de limão.
- se esta frase não te diz nada, significa que estás a perder um super podcast: não inviabilize, de Déia Freitas.
então vamo lá, vamo de história.
10.03.22
joana rita sousa
2 years ago, this week was our last normal week of life
2020, pandemia. 2021, pandemia (cont.). 2022, pandemia (cont.) + uma guerra na europa (a somar a outras que já existem no mundo).
quem mais tem saudades de 2019?