pause, but don't stop (ix)
depois de duas semanas com viagens, entre Lisboa e Faro, entre Lisboa e Aveiro, a fazer aquilo que gosto e que me realiza, chegou o tempo de parar para descansar.
TEMPO para mim. há lá coisa melhor?
bom fim-de-semana!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
depois de duas semanas com viagens, entre Lisboa e Faro, entre Lisboa e Aveiro, a fazer aquilo que gosto e que me realiza, chegou o tempo de parar para descansar.
TEMPO para mim. há lá coisa melhor?
bom fim-de-semana!
quando somos pequenos perguntam-nos tantas vezes: "o que queres ser quando fores grande?". vamos para a escola, seguimos a universidade ou entramos no mercado de trabalho e deixam de fazer essa pergunta. assume-me que aquilo que fazemos, em adultos, é aquilo que queremos ser. e quantas vezes não é?
seguimos pela vida adulta adentro, por aí fora, a cumprir com as metas disto e daquilo. umas metas são nossas, outras tornam-se nossas por vicissitudes da vida. seguimos caminho. e aquela pergunta desaparece e não volta mais.
envelhecemos. a pele fica enrugada, os joelhos começam a doer, a memória começa a falhar. e aquela pergunta não regressa.
eis que surge uma pergunta aterradora: o que quere ser quando morreres?
"sei lá eu. acho que com isso da morte a coisa não vai correr bem. morremos e pronto."
e já pensaste mesmo nisso? pensar no que queremos ser quando morrermos obriga-nos a pensar um bocadinho no que queremos ser enquanto vivemos. e confesso que não sei qual das perguntas me assusta mais.
desafio de escrita d'os pássaros.
tema: acho que a coisa não vai correr bem.
para começar a semana a abanar a anca.
vamos a isso?
continua a ser cool ouvir o Conan? bom, esta coruja diz-me que sim.
uma boa semana a todos!
a alegoria da caverna
um dos textos mais conhecidos da história da Filosofia é a Alegoria da Caverna. trata-se de um texto que faz parte do livro A República, de Platão. neste livro, como em grande parte dos textos redigidos pelo mestre de Aristóteles, a figura central é Sócrates, o filósofo que nada escreveu e que conhecemos pelos diálogos redigidos por Platão.
neste texto descreve-se a situação dos prisioneiros que se encontram numa caverna e que olham para uma parede onde estão a ser projectadas sombras de uma realidade que não conseguem ver.
a alegria da caverna
sim, se passarmos uma vida a olhar para uma parede, sem nunca ver outra coisa, é fácil habituarmo-nos a isso e chamar-lhe realidade. no texto há um prisioneiro que se solta e que faz um caminho no sentido de perceber se há vida para lá das sombras. e há. é uma realidade muito luminosa, de tal forma que os seus olhos demoram tempo a habituar-se. dói olhar para a luz, como sabemos. quando acordamos de manhã e abrimos os olhos, o processo de abrir a janela e deixar a luz entrar faz-se com alguma calma.
a sombra, ainda que seja um sinal meio distorcido, não deixa de ser um sinal de que há luz. "onde há sombra, há luz." - tal como o onde há fumo, há fogo.
a verdade da luz, nem sempre alegre
a sombra dá-nos conforto. a luz obriga-nos a passar por alguns momentos de dor, de desconforto e por isso hesitamos entre aquilo que já nos é familiar e o que ainda não conhecemos. é humano viver situações como esta, em que temos de escolher: bazamos ou ficamos?
este foi o último texto da 1ª temporada do desafio dos pássaros. e que bom foi poder participar, pelo desafio em si, de escrita,
e pela comunidade que tive oportunidade de conhecer através d'os Pássaros.
198 seguidores