«O meu futuro namorado ouve as músicas que lhe envio, gosta de Fernando Pessoa, não se importa de conduzir o meu carro violeta, usa um Mac, leva-me ao cinema e ao teatro, lê-me crónicas do Lobo Antunes, conhece todos os recantos da minha alma, faz-me perguntas pertinentes, deixa-me a pensar, deixa-me escolher a música para acompanhar o jantar, cozinha para mim, sai comigo para dançar, planeia viagens surpresa, sabe que não gosto que me mexam no cabelo, acredita em unicórnios, mira-me enquanto durmo, detesta as manhãs, respeita o meu mau humor matinal, escreve maravilhosamente, usa barba, sabe dar palmadas, beija divinamente, adora as minhas curvas, admira-me com orgulho e deixa-se admirar por mim, não é o tal e nem eu sou a tal para ele, adapta-se a mim e eu e a ele, sabe pôr-me no meu lugar, tem sentido de humor e não é perfeito. É isso.»
li os artigos da especialidade. a coisa só teria sentido com confiança, datas, momentos bem planeados e que permitissem criar memórias. com muita comunicação, muita partilha: no final do dia eram as palavras ditas e as não ditas que faziam a diferença.
segui as recomendações à risca. partilhei-as, assumi-as. levei isto a sério, com esforço e dedicação. e humor, claro. escrevi tudo. escrevi demais, talvez. um dia deixei de o fazer. consta que nem deu conta.
dei tempo e espaço. a distância não me preocupava, o tempo entre os momentos que podíamos criar para nós - esse sim, era sempre longe demais.
faço um esforço - sim, isto de amar também dá trabalho - para nunca levar as experiências do passado para aquela que vivo no presente. as pessoas não se comparam e, pensando bem, o falhanço das relações anteriores permite a do presente. talvez por isso me magoe tanto ouvir o "eu sempre fui assim" ou "este era o hábito" ou "desde sempre". um compromisso exige que haja adaptação, de ambas as partes. um compromisso exige compromisso. exige dizer e fazer.
os bilhetes foram comprados há muito, muito tempo. nas últimas semanas só ouvia sam smith para que as letras não me falhassem no concerto de ontem, no altice arena. o último concerto da tour e o seu último concerto com 25 anos.
o sorriso de sam é contagiante. na segunda música já pedia ao público que se levantasse. conversou e confessou a sua felicidade por estar em Portugal, pela segunda vez - que é uma primeira, pois a anterior aconteceu num festival. dançou, incentivou à dança. agradeceu pelo sucesso e pela excelente banda que o acompanha.
a sala estava cheia - de pessoas, de emoções, de gritos histéricos, de telemóveis que iluminaram várias músicas.
momentos bonitos? bom, houve muitos. destaco a writings on the wall, like i can, restart, stay with me e pray.
e o que este senhor me faz lembrar o george michael? por falar nisso, só faltou mesmo ESTA.
o desafio é partilhar a minha experiência com animais: a experiência que tenho desde miúda e aquela que adquiri com o voluntariado na UPPA. mensalmente podem ler artigos sobre os mais variados temas: qual o espaço ideal para o meu cão, que cuidados ter com a vacinação e desparasitação, histórias de voluntariado, momentos felizes e momentos tristes.
vocês sabem que eu não resisto a tshirts "que dizem coisas". e que não resisto à série La Casa de Papel. agora imaginem o dois em um!
passei ali pela Megaphone e rendi-me a este modelo nairobiano que fica "a matar" com as minhas calças camufladas (e com o macacão vermelho, hum?). ok, e também não consegui resistir a uma com unicórnios. vidas, né?
o serviço é 5 estrelas: pela rapidez, pela qualidade do algodão e da impressão. além disso, conseguimos acompanhar o estado da encomenda e da entrega, ao momento.
confesso que quando abri a caixa estava à espera de notas assim "mais à séria", tal não foi o sucesso do atraco, certo?
espero-te bem, feliz, na companhia da mulher que amas. e espero, sinceramente, que a temporada III não tarde e nos faça ignorar as horas de deitar, tal como aconteceu com a I e II.
como está a nairobi? tenho saudades do seu empenho e motivação (e loucura, vá!)