não podemos esperar uns minutos até que o nosso amigo responda no chat do facebook: "leste a mensagem há 4 minutos e ainda não disseste nada"
fazemos uma pergunta e queremos a resposta logo, na hora.
não temos paciência para esperar na fila do supermercado. nunca temos, mesmo que só estejam duas pessoas à nossa frente.
temos pressa, muita pressa.
de tal forma que nos apressamos a julgar as palavras de josé cid contra o povo transmontano. com seis anos de delay. com tanta pressa nem nos damos ao trabalho de contextualizar as coisas.
temos pressa. muita pressa. mas a "justiça, essa, até no facebook actua lentamente.
5h de formação para professores e educadores (e que grupo de formandos catita, este!)
muitas horas no parque da Bela Vista: entre a sala de imprensa, o palco Mundo e o palco Vodafone, para fazer reportagem do Rock in Rio para o musicfest.pt
o resultado? na segunda feira de manhã o cérebro estava lento, cansado e a pedir descanso. os próximos dias serão mais calmos (espero... vida de freelancer é sempre uma novidade constante) e espero regularizar o descanso necessário.
a formação continua e o verão traz novos festivais, novas reportagens. até parece fácil. não é. a partilha com uma equipa bem disposta supera tudo. e dizem-se muitas parvoíces pelo meio - espreitem a tag #ouvidonapress no twitter
no mundo da formação (vá, seja em que mundo for) é difícil reunir a unanimidade de opiniões. há comentários positivos, há comentários negativos.
depois há, também, as expectativas que as pessoas geram e alimentam. e a forma inflexível como do lado de lá se recebe aquilo que se diz.
há quem procure informação na formação. eu prefiro dar experiência, espalhar a paixão, ser uma evangelizadora das minhas áreas de trabalho. é por isso que só avanço em terreno que me é confortável e no qual tenho experiência e ao qual consigo acrescentar valor. para ler um livro e fazer uns slides... mais vale estar quieta. e às vezes encontro quem pensa como eu - e isso conforta-me:
"Pois... Eu nunca me meti nisso por isso mesmo... E sinceramente, se não o sentes o meu conselho é, não te metas nisso... Acho sempre que ganhamos muitos pontos por ser quem somos. Ler um livro sobre uma cena e depois falar dela para uma turma, qualquer um pode fazer... O que nós fazemos é diferente."
é bom sentir que não estamos sozinhos nesta "luta".
estou várias vezes do lado de lá, como formanda, e aquilo que me dá mais gozo é ver um formador a falar do que faz, do que já viveu, da cabeça aos pés. com o corpo todo.
e depois uma 'ssoa chega ao twitter e encontra isto: