Sabes que as pessoas vivem demasiado nas, pelas e em função das redes sociais quando entram numa sala cheia de gente e perguntam: - então mas não está cá ninguém? (não está cá ninguém como?) - não está cá ninguém do twitter. Pensava que viessem mais pessoas. Do twitter.
Nota: a sala estava cheia de gente. Mas da próxima vez vou exigir que apresentem as credenciais do passarinho azul à entrada.
A ideia de que o universo conspira contra nós é muitas vezes a razão de depressões, birras, zangas e lágrimas. Atiras-te para o chão, num pranto e disparas em todas as direcções, sobretudo na direcção de quem te estende a mão para dizer «sim eu compreendo. Levanta-te». E naquele momento é tudo mau e ninguém te pode salvar (porque não queres, óbvio). E ficas ali a espernear, qual criança que faz birra no meio do centro comercial só porque o pai não lhe comprou um brinquedo que era muito importante, mas igual a todos aqueles que andam lá em casa, aos pontapés. E esperneias, e gritas. O mundo reduz-se àquela dor, que é dilacerante e brutal e insuportável. E quando tomas consciência, estás sozinha a espernear, e ninguém te ouve. Porque não há nada para ouvir, não há dor nenhuma, nunca a chegaste a sentir.
diz que isto do viver não tem garantias, nem nada. é «una tombola», uma montanha russa, um tanto de coisas.
well, whatever works. e que seja doce, ok?
mesmo com aptidão condicional.
(há dias alguém me confessou o seguinte: Joana, não sabia sequer o que era méniere e quando fui à net procurar e percebi do que se tratava... passei a admirar-te ainda mais. como é que tu aguentas viver com isso e ainda assim trabalhar, fazer coisas e manter o sorriso? - foi das coisas mais fantásticas que ouvi nos úlitmos tempos. obrigada, P.)
ao Teatro Rápido & equipa, que me fazem SEMPRE sentir em casa.
aos Remédios do Riso, por aceitarem a parceria solidária.
à editora Mind Affair, por acreditar no projecto.
e aos amigos que passaram hoje pelo Teatro Rápido. brutal: desde amigos do secundário, do mestrado, do trabalho, do voluntariado, de todo o lado. foi muito bom reuni-los. se soubesse que era assim, já tinha feito isto há muito tempo
obrigada à mãe Sabel e ao manU lindU, as duas metades de mim sem as quais não seria o que sou hoje.
o nosso sangue. nem sempre a hemoglobina está «no ponto», mas uma vez que passei a semana a lamber portões para ter o ferro em dia... a coisa até que correu muito bem. e o senhor enfermeiro que era tão simpático e... giro?
daqui a 4 meses prometemos regressar. YEAH !
«muito obrigada por ter vindo dar sangue» - disse-me a doutora. ora, eu é que agradeço !